dissabte, 16 de maig del 2009

Con la confianza que sólo le ofrece El Corte Inglés

Ontem fui ao supermercado de El Corte Inglés. Andava meio zonzo e com vontade de ir embora o mais cedo possível. Não gosto dos centros comerciais, têm alguma coisa que consegue me por nervoso. Neste caso concreto porque é cheio demais de pessoas muito metidas que gostam de aparentar o seu privilegiado nível de vida. Mesmo assim, ia à procura de alguns produtos brasileiros que só ali pode-se encontrar.
Achava-me na seção de comidas pré-cozidas e uma menina, de cabelos loiros e com rabinho, de uns dez anos, chamou a minha atenção. Queria uma pizza e brigava com a mãe por causa disso. Justamente nesse momento que eu passava ao lado, a menina soltou: Pô mãe, você só olha as promoções! A senhora, aflita pelo comentário, virou-se de costas e deu uma olhada ao redor. Quando se apercebeu da minha presença, a mulher enrubesceu. Imediatamente disse à menina: Não seja boba, qual quer você, essa mesma, então tá, levamos. Eu olhei distraidamente para a frente e afastei-me do lugar.
De menino, eu comia o que minha mãe colocava no prato. Nunca tínhamos Coca-cola na minha casa, nem pão de forma, nem patê "la Piara", nem luxo nenhum. Eu sabia porque não e não fazia questão de reclamar nada. A mãe e a filha de El Corte Inglés pertencem a uma outra geração. Sem se aperceber, ou talvez sim, a mãe deixou passar um boa ocasião para ensinar à menina sobre as coisas da vida.
Pelo menos achei os chocolates Garoto que fui lá procurando. No final das contas, nem tudo é ruim nesse Corte Inglés...