dimarts, 28 d’abril del 2009

Caminho de Santiago


Há uma semana que cheguei de fazer o caminho de Santiago. Já houve tempo de descansar o corpo e a alma, e de pensar. Viver é caminhar, só isso. Alguns percursos, acompanhado; noutros, completamente só. É achar pessoas e perdê-las no caminho. Partilhar uns sorrisos e cantarolar alguma canção. É mesmo caminhar sob uma trovoada como esquentar o corpo ao sol. Também a coragem para chegar à meta e a fraqueza de crer não chegar. E passar por todos os estados de ánimo possíveis.

Numa descida muito bela, deixando atrás a neve de Foncebadón, o meu companheiro de viagem falou: Há coisa mais grande que andar entre as montanhas? Pois é. Não há nada. Acabábamos de atravessar as núvens (as núvens!), e olhando os enormes vales desde a ladeira, contemplámos uns raios de sol desenhando uma paisagem simples, espectacular. E nós ali, mesmo Deuses.

Eu quero é caminhar...